therapy...

Ontem tive a falta de oportunidade de ouvir conversas comuns de pessoas incomuns, como sempre. Ouvi críticas, como sempre. Percebi intolerância, como sempre. A ladainha que eles fazem, pra tentar justificar um julgamento que, a meu ver, é TOTALMENTE meio desnecessário. Foi muito, muito recentemente, que eu descobri a inutilidade da crítica pela crítica. Também foi muito recentemente que descobri a maravilha de ser feliz só por ser feliz. Fazer o que se gosta, dizer o que se quer, cumprir todas suas vontades, sempre respeitando, claro, o espaço do outro. E é por isso que nesse espaço você vê textos como esse aí abaixo. É o que me faz feliz, é o que eu gosto de fazer. Escrever quando dá na telha e o que dá na telha. É minha terapia, e espero humildemente não estar atrapalhando ninguém. Obrigada!

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"A voz dentro da minha cabeça era suave, calma e cantava "Eu te amo." O quarto estava à meia luz, por conta da porta entreaberta; eu sempre tive medo da solidão que o escuro traz... Deitada na cama, senti o rosto corar e, depois, um leve arrepio pelo corpo, relembrando a noite anterior.
"Eu te amo."
Era essa a única frase que me atormentaria por horas antes de cair no sono. Parecia uma eternidade o tempo que se passara desde que a ouvi pela última vez. De repente, o último babaca que havia partido meu coração não parecia uma pessoa tão importante, afinal... E qual era mesmo o nome dele? ...
"Eu te amo."
Eu sabia que essa frase não sairia tão cedo de dentro do meu quarto, da minha vida. E agora o nome dele não me dava chances de lembrar o nome do babaca...
A imagem daquele rosto, tão próximo, tão inebriante, me fazia esquecer todas as palavras do meu vocabulário, exceto três, as quais se repetiam como um mantra em mim:
"Eu te amo."
Deveria responder? Existe resposta? E qual seria a melhor resposta? Perguntas que corriam pela minha pele provocando pequenos espasmos de tantos em tantos milésimos de segundo. Ou horas? O tempo nessas ocasiões se torna tão relativo! Digo, inútil, completamente desnecessário... É... acabei ficando em silêncio em meio aos pequenos choques por meu corpo, sem saber se ele percebia cada sinal de nervosismo em erupção em mim...
E depois o beijo, quis lembrar mais nitidamente, mas quase tenho certeza de que sai de mim naquele beijo. Só o que consegui foi a lembrança de algo confortável e inacreditavelmente quente invadindo o que deveria ser minha boca, que até aquele instante não indicava nenhuma função de fala.
A partir daquele momento nada mais fazia sentido. O lugar era perfeito, não preciso dizer mais nada além disso. E a hora, perfeita, fosse qual fosse a hora...

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Não tenho idéia de como será daqui pra frente, e o medo de pronunciar seu nome continua aqui dentro. Tenho medo que você não exista... Mas sabe... é verdade o que dizem, o amor constrói. Só que tem também esse lado do qual quase ninguém fala... Ele também destrói. Destrói sentidos, rotina, destrói estruturas e vidas. Me explodiu em pedaços, e agora eu ando procurando, um por um, juntá-los... antes de te encontrar novamente...
E a propósito...
"Eu te amo." Também.
Não sei quanto tempo vai levar, e não sei se você vai poder me esperar...
Mas sei que em breve te encontro novamente, porque, a vida tem disso...
A gente querendo ou não..."


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(Às vezes eu acho que não sei falar de mais nada além disso:
amor, amor, amor... aterrorizante, não? =/ Eu supero...)

(Texto escrito em 10 de Fevereiro de 2010, às 03h25 por Lucy)

1 comment:

Alexandre Bernardo said...

uhuhuhuhuhuhuh


Muito Lindo =D


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