Março

Março sempre me vem como uma bela manhã de Sol, nem quente, nem fria.
 O melhor e mais agradável clima.
Mas Março também não facilita, também vem com desafios, também vem com seus espinhos de rosa.
Vem pra me mostrar que nasci em meio à riqueza, mas que a vida nunca vem fácil pra ninguém.
Vem pra me jogar um puzzle na cara e dizer "resolve aí, que você pode, sim!" enquanto eu recebo uma massagem nas pernas e uns chocolates dos meus preferidos.

Março vem pra chocar. Março muda estações, traz outono pro hemisfério Sul. "Março" vem de "Martius" (Marte, Deus da GUERRA), e antigamente costumava ser o PRIMEIRO mês do ano. Isso explica muito sobre quem nasceu nesse mês.

Mês de gente geralmente teimosa, especialmente se nasceu depois do dia 21, início do signo de Áries. E adivinhem? Pois é, sou do primeiro dia de Áries...

Pra encerrar este post breve sobre um dos meus meses favoritos:
21 de Março, o dia em que nasci, é o 80º dia do ano.
Talvez por isso eu seja tão oitenta... nunca oito.
Nada pouco...

Março, pode mandar que eu aguento! =)

Odeio o Dia dos Namorados

Chegaram ao destino. Sacolas na mão, sushi e bebidas. Um clima diferente, estranho para a data. Ele não imaginaria o que estava por vir.

A data, o décimo segundo dia do sexto mês de algum ano. Como antes já foi dito: "Datas, elas são importantes". E essa era especial, não só pela fama dos apaixonados, não só pelas filas de carros nos motéis...


Há de voltar um pouco na história pra entender como tudo aconteceu...


"Bem, há um ano, em uma semana, todo o pouco que se teria tentado construir até ali seria destruído. Não por um, confesso. Mas por dois. Ou até mais de dois, se me permito dizer... Depois dos melhores presentes e molhadas lágrimas, supostas de alegria e emoção, tudo se dissolveria para sempre, mesmo que saibamos que o "pra sempre" sempre acaba. E mesmo que os dois continuassem tropeçando e sofrendo pelo caminho que ambos sabiam ser o final implacável. Haveria outro caminho?"


Mas hoje, hoje tudo parecia tão distante e superado! Como num belo filme de amor naquele típico final, antes, é claro, dos créditos subirem e sairmos da sala de cinema, sem saber que a garota vai dizer que não conseguiu perdoar e largar o cara pra sempre.


Comeram, beberam e riram, falando de amenidades, trocando carinhos... As velas exalavam o cheiro de cera e fogo. Era uma noite quente. E ela, como sempre, já havia se acostumado a tentar ao máximo postergar os momentos ruins. Era o que fazia àquela altura... Na verdade, já estava prestes a desistir de todo o "plano". Ninguém merecia tal dia dos namorados, e essa era uma constatação fácil de se fazer.


Havia muito a ser dito, embora um ano tivesse se passado e juntos permaneceram durante boa parte desse tempo. Mas fisicamente.

"-Sempre ótimo na cama", pensava consigo mesma. Ou pelo menos assim imaginava, depois de poucos e tão diferentes e quadrados parceiros.


Sempre houve um "quê" de loucura nos dois. E a empolgação veio antes da química, e a química veio antes da física. E a física antes da matemática errada. E a matemática errada antes da biologia. E a biologia diz que tudo que nasce, morre. Incrível como sempre chegavam a esse ponto insistente. A morte, o fim de alguma coisa... E os dois tinham medo, pois apenas se falava naquilo. Nunca tiveram exatamente a coragem de fazê-lo...


Havia um "quê" de muita coisa. O que não era realmente bom, pois era e sempre seria apenas um "quê", sem outra e qualquer letra do alfabeto com mais curvas e menos cortadas de pernas...


O fato é "quê", ele não chegaria nunca a imaginar o que aconteceria naquela noite. E antes que o leitor se prepare emocionalmente, frustrando-se em seguida, peço que não espere por reviravoltas, ou um fim estonteante. Na verdade nem era um fim... Como dito antes, ambos tinham medo desse maldito.


Não foi o fim de mentiras. Essas já não existiam há tempos entre os dois. Não foi o fim da amizade e do carinho. Não foi o fim do sentimento, era tudo muito real e palpável, mesmo que limitado por tudo que houve entre os dois... Não foi o fim dos dois, tampouco. Continuariam juntos, mesmo que fisicamente... Afinal, "tão bom de cama ele era...". E isso ela continuava repetindo, como num mantra a distraí-la de todo o resto e adiar aquilo que ela havia prometido a si mesma fazer, mas que agora já não fazia o menor sentido... Não era o fim da vida. Não era o fim do mundo. Não era o fim da tristeza nem o fim da alegria.


O único fim que haveria era o fim daquela noite. Onze horas e nada ainda havia sido dito. E claro, ele nunca imaginava que o mundo rodava a 1.675 km/h, e a cabeça dela mais rápido, tentando pensar em tudo... Organizar tudo, tão treinado antes, mas agora apenas um borrão de ideias que pareciam bem erradas...


Nunca parecia certo qualquer instante de DR entre os dois. Nunca pareceu natural, prático e muito menos funcional...
- E não seria também agora - pensava ela consigo, como quem arruma o desculpa covarde pra fugir do que quer muito fazer, ou do que é necessário.
O esforço dele era visível. Para manter tudo no lugar. Para agradecer na medida certa. Para sorrir feliz. E que sorriso...
Ela sorriu de volta. Um outro dia havia começado. O relógio marcava Zero horas. Poderia aguentar mais um dia... Aproximou-se, e com um beijo, fechou a noite mais ou menos romântica de sua vida. Nunca saberia dizer.
- Depois eu falo - pensou consigo mesma - Depois... - E com uma afetação maior no pensamento - Odeio o Dia dos Namorados...

E silêncio.

Fogo

Temo a mim mesma, minhas reações. Temo o tempo, a chuva, e o Sol. A montanha-russa chamada vida tá sempre mudando: vale, topo, ondas, vibrações e loops infinitos. Infinitos até onde os olhos podem ver. Mas a queda sempre é invisível.

Você precisa sentí-la vindo.

Não adianta abrir bem os olhos, dizer-se racional. E se você repetir sempre "está vindo!, está vindo!", uma hora fatalmente irá acertar...

Mas quem é tolo de perder uma vida assim? Tentando antecipar o nada antecipável?

Não gastamos nossas forças no final. Ou ao menos não deveríamos... Não é um jogo no qual ganha-se por saber qual é o fim. Ninguém está interessado, nem mesmo você.

Acredite, no fundo, por trás de toda essa curiosidade, você não quer nem saber.

Então pra quê se martirizar? Vá, aproveite a volta, vire de cabeça pra baixo.
Grite muito no caminho, grite pra ser ouvido. Grite pra saber que está vivo. Às vezes a gente se esquece...
Grite na cara de alguém, ria. Vomite, se passar mal. A montanha-russa da vida nem sempre é só pura adrenalina. Boceje na parte chata. Careta? Sim. Sempre que estiver ruim. Há que ser condizente com seu coração. Sempre.

Só não pense no final. Esse é sem graça e quase sempre desimportante.
A montanha-russa da vida precisa ficar com toda sua energia antes do fim. Por quê?

Bem, porque raras são as atrações além dela que você vai querer conhecer depois...

Não existe quase nada mais interessante...
Então, grite. E, de novo, aproveite a volta.
Sim, porque é só uma...

Serpe Afrasi, meu pseudônimo.



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Divagar

Clicar em "Nova Postagem" é com entrar num mundo completamente meu. É poder qualquer coisa. É xingar quem eu quiser e amar quem eu quiser, ser até correspondida, não importa quem seja. Geralmente venho por aqui com um claro e objetivo assunto. Na verdade, meu tema nunca muda exatamente. Falo de VIDA. Falo da vida.

Mas hoje vim sem amarras. Vim sem nada. Nua. Sem saber o que digitaria neste tosco pedaço de "eu". Neste antro de luas vermelhas, quase sempre inchadas, quase sempre minguantes, poucas vezes crescentes e muito novas...

Então, já que sem ideias, porque não falar de tudo um pouco, sem falar muito no final das contas? Vamos deixar ir... Go with the flow, como dizemos em inglês...

E pra começar e por falar em "flow". Lembrei de uma música que compartilho agora com vocês: River Flows in You . É ela que está tocando no momento e você poderia tocá-la pra terminar de ler o post. Muito linda.

E puxando o assunto música, quantos shows no mês de outubro   Novembro em Teresina, né? Aqui vai um trecho de Nando Reis pra homenagear o fim de semana que vem vindo...



"O amor não tem segredo, é violável como um violão

Matei o amor por tantas vezes
E o que sobrou de mim?"




Well, ficará assim o meu post. Obrigada pela visita! E comentem se possível! Beijos!

Tempo?

O tempo é superestimado.

"Ah, espera, moça, o tempo faz milagres!"
"Aguarde, o tempo deixa a gente mais forte..."
"O tempo vai curar isso, certeza..."

Não acontece dessa maneira. O tempo nada faz além de passar. O tempo é impassível e imparcial para todos.

Meninas... Garotas... Não pensem que o tempo vai passar e *puf*, vocês obterão experiência e estarão magicamente curadas das desilusões da vida.

Posso contar uma verdade bem dolorosa? De big sister pra little sister? O que acontece é:

Você nunca vai deixar de sentir isso. Você apenas vai começar a esconder de todos, tudo aquilo, você vai esconder por trás do maior sorriso já registrado... Quanto maior a dor, maior o riso.

Você nunca vai deixar de chorar. Mas aprenderá a trancar a porta do quarto e ligar o som bem alto. E você pode até mesmo segurar o choro por um longo tempo, mas você não vai querer fazer isso, acredite. Quando vem, vem tudo junto e acumulado...

Você não deixa de sentir as borboletas no estômago! Sim, elas ainda estarão lá. Mas você conseguirá digerí-las em segundos, sem nenhum arrependimento aparente, pois sabe que elas nunca deveriam estar ali...

O tempo, caras colegas, é apenas o absoluto da vida, igual pra todas nós. Umas aproveitam. Outras não. Continuam dando com a cara no muro. Porquê? Bem... Porque o tempo não faz milagres. E se as pessoas são bobas o suficiente pra acreditar que é ele o responsável, nunca irão tomar as rédeas da própria vida. Nunca irão se cuidar e cuidar do próprio futuro.

Então não dê tempo ao tempo. Vá um dia de cada vez e nunca espere cair do céu. Faça seu futuro. Porque o tempo, o tempo apenas é. Para todos. Ele não vai ajudá-la, se você não estiver disposta a fazer o mesmo por si mesma.



Sweeter than Fiction

Nós, seres humanos, especialmente as mulheres (cheias de Disney nas veias), demoramos ao acreditar que nossa extrememante ridícula vida real pode ser mais doce do que as ficções.
Mas eu, bem, tenho tentado fazer o meu próprio filme. E posso dizer que não me arrependo muito de como tenho tirado cada 'take'. Imprevistos acontecem, feliz E infelizmente. Mas raros são os momentos em que me ouço dizer "queria voltar no tempo e fazer diferente...". We shouldn't live to regret. A dor é grande demais pra valer a pena...
Do que ficou pra trás, faço força pra lembrar apenas dos sorrisos, das alegrias, seja com quem foi, se me fez rir merece lugar no meu coração pra sempre. É claro que existem os fantasmas do passado, aquelas lembranças que vêm pra atormentar, pra nada além de te fazer ficar triste e minar suas esperanças... Well, é lutar pra não deixar tomar conta. E continuar seguindo.

Menti, trai e errei muito, e por isso sou grata, humana, afinal de contas.
Acho que a chave é uma só, eu já me perdoei por tudo. E, importante, paguei por tudo. E isso não pode faltar pra alguém que acredita em karma. A penitência. Se não pagar pelo erro é injusto, então pagar duas vezes também não seria? Pra quê sofrer mais do que o necessário?
Bem, se eu soubesse, não estaria aqui divagando =p
Pra mim é muito fácil pagar por meus erros e me perdoar depois disso. Mas superar as coisas do mundo e de outras pessoas, que pensam e agem tão diferente, é o meu desafio.
A verdade é, estou afogada em algo que eu mesma criei pra mim. Estou afogada em mágoas. E desse poço no qual eu me joguei, eu sei que só posso sair sozinha. E só eu saberei quando sair.
Hoje parece impossível. Mas o tempo nos dá a oportunidade de mudar. E quando eu mudar, terei muito a fazer. Hoje já tenho muito. A palavra de ordem é mesmo GO ON.
Não quero pensar em impossível, não hoje. Nem nunca. The rest is history...

"There you’ll stand
10 feet tall
I will say I knew it all along
Your eyes are wider than distance
This life is sweeter than fiction

There you’ll stand, next to me
All at once, the rest is history
Your eyes are wider than distance
This life is sweeter than fiction

I’ll be one of the many saying
"Look at you now, look at you now"
And I’ll, I’ll be one of the many saying
'You made us proud, you made us proud, proud' "

Quando tudo começou...

Bom, "Lua". "Por que 'Lua'?", me perguntam. É simples. Meu nome é Lucy, um apelido bacana seria Lu, mas é tão usado que quis algo diferente. E a lua é linda, não concordam? Sempre fui fascinado por ela, como muitos outros. Sempre dona da expressão "fulano é de lua", descreve até mesmo meu humor, minhas fases, minha personalidade. Além de bela. Então resolvi ME chamar de Lua.

Me chamar, pois nunca alguém me deu apelidos carinhosos até o meu 3º ano do Ensino Médio. Só os ofensivos, mesmo. Ninguém me chamava muito por apelidos. Ficou algo meu, algo eu, algo Lua, meio solitário. Mas eu não me importei, era a minha inspiração, dentre outras.

Dei-me este carinhoso apelido por anos, mais especificamente 6 deles, em redes sociais de todos os tipos, esperando que "pegasse". Não pegou, até pouco tempo atrás...

A Lua sou eu...

Lago de lágrimas quentes derramadas
reflete minha face iluminada -
Lua cheia d'amores!

Minguam meus lábios salgados,
bebem da água,
do teu veneno.

Somem, derretem em
Nova face carregada
de sonhos,
escurecida em pensamentos

Cresço em suspiros despidos,
que incham minh'alma
e cercam meus desejos

Lua Cheia só, em meio ao breu...
A Lua sou eu...

(Serpe Afrasi) - 26/04/2007